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21 de março de 2025Hackers da Coreia do Norte têm se dedicado nos últimos anos a roubar e acumular bilhões de dólares em criptomoedas, posicionando o país entre as nações com as maiores reservas de ativos digitais.
No final de fevereiro, membros do Lazarus Group – uma notória rede de cibercriminosos norte-coreanos – conseguiram roubar 1,5 bilhão de dólares (R$ 8,8 bilhões) em tokens digitais da exchange de criptomoedas ByBit, localizada em Dubai.
De acordo com a empresa, o grupo conseguiu invadir sua carteira digital de Ethereum, a segunda maior criptomoeda após o Bitcoin.
A Binance News, uma nova plataforma gerida pela exchange de criptomoedas Binance, revelou que a Coreia do Norte já possui 13.562 bitcoins, o que equivale a 1,14 bilhão de dólares (R$ 6,7 bilhões).
O bitcoin, a criptomoeda mais antiga e popular do mundo, é frequentemente comparado ao ouro devido à sua suposta proteção contra a inflação. Apenas os Estados Unidos e o Reino Unido possuem reservas maiores do que as da Coreia do Norte, segundo a plataforma de criptomoedas Arkham Intelligence.
“Não vamos usar eufemismos – [a Coreia do Norte] obteve isso através de roubo”, afirma Aditya Das, analista da empresa de pesquisa de criptomoedas Brave New Coin, de Auckland, Nova Zelândia.
“Muitas das operações realizadas envolvem a infiltração em dispositivos de funcionários, utilizando esse acesso para comprometer sistemas internos [das empresas] ou criar armadilhas a partir de dentro.”
De acordo com Das, os principais alvos dos hackers são startups de criptomoedas, exchanges e plataformas de finanças descentralizadas (baseadas em blockchains, que operam sem intermediários), devido aos seus “protocolos de segurança que costumam ser menos robustos”.
Recuperação de fundos é ‘extremamente rara’ Os hackers norte-coreanos de elite geralmente levam tempo para se infiltrar em organizações globais legítimas, muitas vezes se passando por investidores de risco, recrutadores ou trabalhadores remotos de TI para ganhar a confiança e contornar as defesas das empresas.
“Um grupo, chamado Sapphire Sleet, atrai as vítimas a baixar malwares disfarçados como aplicativos de vagas de emprego, ferramentas de reunião ou software de diagnóstico – essencialmente transformando as vítimas em seus próprios vetores de ataque”, explica Das.
Após o roubo das criptomoedas, Das afirma que a recuperação é “extremamente rara”.
Os sistemas de criptomoedas são projetados para tornar as transações irreversíveis, e retaliar contra os agentes norte-coreanos “não é uma opção viável, pois eles são atores estatais com defesas cibernéticas avançadas”.